Final Cut

a thread so fragile almost intangible finally cut
and i fell down to my own truth
unable to forget i still chase a picture of you
carved in pain and madness on my left side muscle
there's no hope for the sound of your voice echoing in my veins

Message in a Bottle

Alice (Natalie Portman): No one will ever love you as much as I do. Why isn't love enough?

Do filme: Closer by Mike Nichols (2004)

PS: Post publicado a pedido da minha mãe.
Careenin

...

Amanhã tenho um funeral :(

Doença

A pior doença é a da alma! Não nos permite viver...

A quem me quer bem...

Desculpem a crueza do post anterior. Nem pensei que quem me quer bem podia sentir-se magoado. É dirigido apenas a uma pessoa, e essa pessoa sabe que era para si, porque nunca mais voltou... Não admito que quem me dá facadas pelas costas, ainda por cima venha verificar se a ferida sangra. Detesto gente que pára na estrada para ver os feridos dos acidentes e empata o trânsito, detesto quem se deleita na dor alheia! Por isso mesmo fui curta e grossa. Também sou capaz de o ser, quando as circunstâncias o justificam!

Um dia, quando tudo isto for apenas uma recordação distante, talvez volte aqui e escreva sobre tudo o que se passou. Na terceira pessoa, como se de mim não se tratasse... agora ainda não sou capaz... mas quem me quer bem será sempre bem recebido, aqui ou no Pandora´s Box, e pode sempre voltar e ler as coisas que escrevi, o diário de uma paixão, de um amor que acreditei escrito nas estrelas. Um dia...

Directo ao assunto...

Já percebi que gosta de visitar este blog, mas como não tenho qualquer intenção de o actualizar nos tempos mais próximos, talvez prefira visitar o Pandora's Box. Lá tem muito mais onde se entreter! Basta clicar no link a amarelo...

Mais

Muito mais que pele
mais que luz ou toque...

no meu olhar o teu olhar!

A outra...

A outra nem precisa ter um rosto definido, ser branca, preta ou às riscas tipo zebra. Até pode ser assim meio para o rectangulo quadrado... até pode estar meio escaqueirada por anos de guerra e abusos vários, estar longe da civilização, ter minas escondidas na volta do caminho, problemas de difícil solução.

A outra, apesar de tudo, continua a ter encantos capazes de deslumbrar os que a conhecem. Apesar de tudo, seduz pela riqueza e prazeres que oferece... é amante traiçoeira, não se importa com o que pisa para conseguir o que quer para si.
Contra ela não tenho armas possíveis. Nem sequer a grandeza de um amor maior que a vida...

Somos

A nossa história resumida num blog deprimente como este parece uma novela mexicana!

Li e reli... não entendi ainda o que me leva a escrever sobre nós principalmente quando estou triste, quando nos desencontramos.

No mais fundo da caixinha, eu sei e tu sabes, há uma certeza que sempre nos acompanha: contra ventos e marés somos... e o verbo ser é a palavra mais importante em qualquer idioma.

Dádiva

The Offering by angelica

Corpo de delito
a inevitabilidade deste amor despojado de palavras
sem rendas nem cetins

apenas a pele crua
dádiva nua
oferenda no altar do prazer.

(original em 27.07.05 - Pandora's Box)

Castelo de Areia

"Sand Castle in the Sky" by octapuff

Dois amantes constroem a sua casa na areia
um castelo entre águas de paixão
e céus de tempestade

Que surpresa quando a maré se agiganta...


(original em 21.07.05 - Pandora's Box)

Recado

Imagem by Andreas


No silêncio que cai em mim quando tu não estás
os meus dedos
mudos viajantes do teu corpo
perdem o norte
e andam loucos sem encontrar o caminho.

(sms - publicado em 20.07.05 - Pandora's Box)

Por vezes...

Por vezes tens no olhar um pássaro assustado outras apenas uma asa Por vezes dias claros assomam na tua boca outras apenas um breve amanhecer E eu que te escuto em silêncio deixo-me ir nesse vôo na inequívoca cor dos teus gestos nessa luz que me alaga os olhos.

(original em 18.07.05 - Pandora's Box)

Abraço

Embrace, Paul Klee



E do teu corpo fiz a minha casa,

e outro abrigo não tenho...

(publicado em 13.07.05 - Pandora's Box)

Infinito

Misturamos corpo e alma numa dança interminável. Loucos retemos o momento a explosão dos sentidos. Nada nos prende, apenas o desejo é sinónimo do amor... E a luz crua do candeeiro da rua entra pela janela brilha em cada gota de suor ilumina a pele nua Nos olhos apenas o infinito!

Acrílico de Andre Watton

(original em 05.07.2005 - Pandora's Box)

Música para uma recordação...

Agarramo-nos a uma recordação, desesperadamente, durante muito tempo. Investimos, insistimos, queremos recuperar o que sabemos estar perdido, fechamos os olhos a toda a realidade... e não vale a pena...
Apenas porque somos já outra coisa, as feridas mal cicatrizadas tornaram-nos irreconhecíveis e o que amámos não existe mais!
Mas o som do que foi permanece...

(original em 20.06.2005 - Pandora's Box)

Update - A música continua no meu lado esquerdo!

É verdade que o que foi não existe mais... ferido de morte pela vida és hoje uma sombra do que foste.

Mas continuo ao teu lado. Nada me poderá afastar de ti enquanto acreditar que ainda precisas de mim, enquanto acreditar que no fundo de ti ainda está, mesmo que adormecido, o teu ser essencial.

Sei que chegará o dia em que, acordado do pesadelo, quererás apenas esquecer. Talvez me incluas nos arquivos a apagar... ou talvez não. Apenas o tempo tem a resposta!

Barco

Apetece-me o mar

a imensidão, a frescura do azul

Um golfinho

seguir-te-ia até ao sul

Mas a verdade

é que sou apenas um barco

ancorado

neste cais que não conheço.

Só posso esperar...

(original em 06.06.2005 - Pandora's Box)

No meu peito

Imagem de auria

Deitas-te na curva serena do meu peito
e em todos os teus gestos controlados
adivinho o desejo incontrolável...

Vê
não há nada que nos roube um do outro
Sente

Descansa no meu peito a tua urgência

(original em 31.05.2005 - Pandora's Box)

Estranho

Podia estar contigo, mas não me apeteceu a solidão junto de ti...

(original em 24.05.2005 - Pandora's Box)

Imunidade

Atravessas a minha solidão
como o vôo de uma gaivota
belo e inacessível

Sigo os teus passos
ainda te vejo por entre a luz cega...
cruzo os braços
e permaneço imune ao teu bater de asas.

Já não sei quem és!

(original em 09.05.2005 - Pandora's Box)

Painted on my heart

...
I guess it's just no use
In every part of me
Is still a part of you...
The Cult

(Pandora's Box - 05.05.2005)

Yang

és tu
não sei porquê
mas se a alguém amo é a ti...

e a ti abro alma e coração
a ti que guardas o que na verdade sou
a ti que ainda assim me amas

e só tu entendes
o meu yang predador
o prazer da caça sem mais que instinto

e a ti cedo e me entrego
e em ti entro e de ti sou presa
e preso no teu abraço mais que perfeito

porque se sou navio
tu és leme
e é no teu ventre que lavro todas as angústias
e é no teu seio que mato esta fome sem nome
e no teu corpo mar de ondas e espumas
sou náufrago resgatado pelo teu gemido de sereia

és tu...
porque se sou pássaro
tu és asa

26.04.2005

(Este poema foi escrito em resposta a um desafio colocado pelo nikonman - as mulheres escreviam como homens e os homens como mulheres :)

Peguei então numa frase que me tinhas dito e escrevi como se fosses tu... uma veleidade pensar que te conheço bem, mas espero não ter andado muito longe do que sentes!)

Abril apenas começou...

Porquê a onda
esta enchente de sol?

Língua pele espuma e sal
morde-me!

podia sangrar agora
e saciar-te a fome...

rio da tua súbita entrega
apenas te engulo de uma vez só
ritual de poder transmutação
e gostas!

Sou eu o sexo forte...

(Original em 10.04.2005 - Pandora's Box)

Nó Cego

Sou a bruxa misteriosa,
a mulher que se dá inteira
sem segredos.

Lançarei meu feitiço
de desejo
e fogo.


Talvez te morda,
ou talvez, sem pressas,
possa curar-te as feridas.
Talvez possa perdoar-te
o nó cego com que me apertaste o coração.
Ou talvez não!

Talvez te ame
talvez sobre ti
construa o meu mundo
de infinito e loucura.

Talvez te ate
para sempre
num nó cego de ternura!

São Alves aka pandora, 2002

(Publicado em 09.04.2005 - Pandora's Box)